Longe de fomentar a pirataria, nós aqui do Bloghiers du Cinéma vamos falar de Tropa de Elite. Juro que ninguém daqui da redação viu o filme. Ok, estava passando pela sala quando vi que minha irmã assistia a um filme. Parei, olhei, sentei, o cheiro da pipoca estava ótimo. Quando eu vi, era a cópia pirata de Tropa de Elite. Mas eu não vi, entenderam? Fumei mas não traguei.
Pois bem, não vamos falar sobre o filme em si. Vale dizer que ele é bem bacana e tem pelo menos 47 frases que grudam. Ou você acha que, depois de asssitir o filme, qualquer problema que lhe aparecer e não for seu não será seguido da frase "essa pica não é mais minha. Essa pica agora é do aspira"? Óbvio que vai.
O que vai ser dito aqui é sobre um paradoxo. O filme que fala sobre o combate à contravenção tem sua bilheteria impulsionada pela contravenção. Ok, baixar um filminho não pega nada, você está em casa, está transportando kbytes e que tais. Beleza, fumar unzinho não pega nada, né?
Particularmente, acho que algumas indústrias tem mais de "irem para o saco", como diria o Capitão Nascimento. A indústria de videogames, por exemplo. Se eu posso pagar dez reais, ou melhor, se eu posso baixar um jogo, por que diabos vou jogar 120 reais na mão da Sony? Para financiar séries bestas como Greys Anatomy? Eu sei, se sigo essa premissa para um, valem para mil. Mas na área dos filmes, você paga 120 reais em uma edição especial de Rocky Balboa, por exemplo. E, convenhamos, os filmes tem porrada, drama, comédia e um clipe no meio, é melhor do que qualquer outra promoção que já tenha sido feita pelo homem.
O que fazer então, para combater a pirataria? O diretor de Tropa de Elite, pelo que eu li até agora, teve uma "idéia" diferente: a cópia que vazou está incompleta. Ou seja, o público vai ao cinema para ver o final final do filme. Problema é que o final da versão incompleta é sublime. Ou seja, ou o diretor atinge o Olimpo ou ele vai ficar marcado como "o diretor que é pior que um camelô".
Sem contar que cinema é caro, e o povão não pode ir ao cinema, yadda, yadda, yadda. Jack Sparrear pode em alguns casos ser a única solução (e inventar verbos idiotas como esse não é solução alguma).