domingo, 27 de janeiro de 2008

O que ver em 2008

Fuxicando o blog Favoritos, me deparei com o blog americano /Film, tudo que um dia quem sabe o Bloghiers será (hehehe). Daí lá no /Film estão listados os 55 filmes que não se deve perder em 2008. Não concordei com toooodos, mas com certeza de uns 50 provavelmente estarei na fila no dia da estréia.
Então dá uma olhada lá também, descubra quais os filmes você não deve perder em 2008 e faça sua listinha.

GO SPEED RACER, GO!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Uns tiros no escuro

Todo mundo diz que é cafona, que é combinado e que o José Wilker e o Rubens Edwald Filho são uns chatos. Ok, a última afirmação é uma verdade absoluta, mas o fato é que o mundo se volta para a festa do Oscar que - se a greve dos roteiristas assim permitir - acontecerá no dia 24 de fevereiro próximo.

Os indicados, conforme informado aqui no Bloghiers em primeira mão *mentira, cof, cof*, já sairam e é hora de papel e caneta na mão para acompanhar a cerimônia. O quê? Vai dizer que você não assiste a festa como se fosse uma final de Copa do Mundo? Deixe essa pose de fã do Lars Von Trier de lado e assuma, de uma vez por todas, que você pulou do sofá e derrubou toda a pipoca quando o Eastwood levou a estatueta com o Menina de Ouro!

Como em quase toda edição - e olha que já estamos na 80ª, das quais eu acompanhei com afinco umas dez, quinze talvez - sempre é regra que a lista vennha junto com incógnitas para mim. Poucas foram as vezes nas quais eu já tinha visto pelo menos três das cinco obras indicadas na categoria Melhor Filme, e esse ano ocorreu algo completamente diferente: eu simplesmente não vi nenhum dos filmes indicados. Com o chute completamente no vazio, vou de No country for old men. Por que, pergunta o leitor? Simples: é um filme dos irmãos Coen, e os caras que fizeram Fargo não erram a mão quando indicados.

Já na categoria melhor ator, pelo primeiro ano não temos um completo azarão, alguém que está aparecendo agora em Hollywood. Clooney, Daniel Day-Lewis, Johnny Depp, Tommy Lee e mesmo Viggo Mortensen são caras que já fizeram pequenas e grandes obras-primas como Assassinos por Natureza, Meu pé esquerdo, Boa noite e boa sorte, Senhor dos Anéis, Marcas da violência, O fugitivo, Eward mãos de tesoura, Gangues de Nova York. A lista é extensa e, dos nomes citados, creio que o Daniel Day Lewis, na contagem geral de filmes, leva. Não me recordo de um filme que eu tenha assistido com ele que fosse sequer regular.

Nas outras categorias não arrisco chutes. Achei muito bom o nome de Jason Reitman entre os diretores, primeiro pelo trabalho que ele fez em Obrigado por fumar (a edição é fantástica, tirando coisas do livro sem perder sua a aura) e por ser filho de Ivan Reitman, o homem que nos deu Os caça-fantasmas. Além é claro, dos supracitados irmãos Coen.

Entre os coadjuvantes acabei vendo o nome de Amy Ryan, uma das atrizes de Gone baby gone, novo filme do Ben Affleck. Antes que o leitor atire as pedras, e com um certo ponto de razão, vale lembrar que Affleck já fez coisas ótimas ao lado de Kevin Smith e que a história do filme é baseada no livro de mesmo nome do escritor Dennis Lehane, autor de Sobre meninos e lobos e Paciente 67. No fim das contas, é bem provável que dê Cate Blanchett, atacando de Bob Dylan (!), após ganhar como Katherine Hepburn. Já o prêmio de melhor atriz está cheirando à surpresa com Ellen Page, no elogiado Juno, de Jason Reitman.

Na torcida pessoal, que Ratatouille leve os prêmios de Animação e Trilha sonora original, por ser um ótimo filme e porque a canção é foda de bacana. E que o Moya Lubov mofe nas prateleiras do mundo inteiro, porque nós, amantes do cinema e desse hipódromo que é o Oscar, não merecemos um curta de animação tão belo, porém tão desanimado, como esse.

Agora, a pergunta: Norbit, alguém teve coragem de ver? Confio na indicação de melhor maquiagem porque o Eddie Murphy faz milagres, porém não é mais um príncipe em Nova York.

Está chegando a hora

O filme brasileiro O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias acabou ficando de fora da disputa ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira. A produção havia conseguido ficar entre os nove semi-finalistas, mas hoje o sonho de poder ganhar o Oscar acabou quando às 11h40 da manhã de hoje, foram anunciados todos os concorrentes finais ao prêmio. Os países que conseguiram ter algum representante este ano foram, Israel, Aústria, Polônia, Kasaquistão (não, não vou fazer piadinhas, hehehe) e Rússia.

Outra surpresa desse ano é a indicação do independente "Juno" a melhor filme. Totalmente controversa, essa comédia que fala de gravidez na adolescência com muito sarcasmo, mostra que a acadêmia está começando a rever seus conceitos tão antiquados. Mas suspresa mesmo seria se o filme ganhasse. Além de melhor filme, a produção concorre a melhor atriz, para Ellen Page, e melhor diretor para Jason Reitman, filho de Ivan Reitman e diretor do excelente Obrigado Por Fumar. E melhor roteiro original.

Michael Moore concorre com seu documentário Sicko, que denuncia o sistema de saúde norte-americano (hmmm, isso lembra alguma coisa?) e a fofíssima animação da Disney, Ratatouille concorre a melhor roteiro original, além de melhor animação. Brad Pitt que foi tão celebrado no Festival de Berlim por seu papel em O Assassinato de Jesse James... ficou de fora da disputa. Mas seu coadjuvante Casey Affleck concorre.

Confira a seguir todos os indicados ao Oscar desse ano:

ATOR:
George Clooney in “Michael Clayton”
Daniel Day-Lewis in “There Will Be Blood”
Johnny Depp in “Sweeney Todd The Demon Barber of Fleet Street”
Tommy Lee Jones in “In the Valley of Elah”
Viggo Mortensen in “Eastern Promises”

ATOR COADJUVANTE:
Casey Affleck in “The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford”
Javier Bardem in “No Country for Old Men”
Philip Seymour Hoffman in “Charlie Wilson’s War”
Hal Holbrook in “Into the Wild”
Tom Wilkinson in “Michael Clayton”

ATRIZ
Cate Blanchett in “Elizabeth: The Golden Age”
Julie Christie in “Away from Her”
Marion Cotillard in “La Vie en Rose”
Laura Linney in “The Savages”
Ellen Page in “Juno”

ATRIZ COADJUVANTE
Cate Blanchett in “I’m Not There”
Ruby Dee in “American Gangster”
Saoirse Ronan in “Atonement”
Amy Ryan in “Gone Baby Gone”
Tilda Swinton in “Michael Clayton”

LONGA DE ANIMAÇÃO
“Persepolis” - Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud
“Ratatouille” - Brad Bird
“Surf's Up” - Ash Brannon e Chris Buck

DIREÇÃO DE ARTE
“American Gangster”
Art Direction: Arthur Max
Set Decoration: Beth A. Rubino
“Atonement”
Art Direction: Sarah Greenwood
Set Decoration: Katie Spencer
“The Golden Compass”
Art Direction: Dennis Gassner
Set Decoration: Anna Pinnock
“Sweeney Todd The Demon Barber of Fleet Street”
Art Direction: Dante Ferretti
Set Decoration: Francesca Lo Schiavo
“There Will Be Blood”
Art Direction: Jack Fisk
Set Decoration: Jim Erickson

FOTOGRAFIA
“The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford” - Roger Deakins
“Atonement” - Seamus McGarvey
“The Diving Bell and the Butterfly” - Janusz Kaminski
“No Country for Old Men” - Roger Deakins
“There Will Be Blood” - Robert Elswit

FIGURINO
“Across the Universe” - Albert Wolsky
“Atonement” - Jacqueline Durran
“Elizabeth: The Golden Age” - Alexandra Byrne
“La Vie en Rose” - Marit Allen
“Sweeney Todd The Demon Barber of Fleet Street” - Colleen Atwood

DIREÇÃO
“The Diving Bell and the Butterfly” - Julian Schnabel
“Juno” - Jason Reitman
“Michael Clayton” - Tony Gilroy
“No Country for Old Men” - Joel Coen and Ethan Coen
“There Will Be Blood” - Paul Thomas Anderson

DOCUMENTÁRIO - LONGA
“No End in Sight” - Charles Ferguson e Audrey Marrs
“Operation Homecoming: Writing the Wartime Experience” - Richard E. Robbins
“Sicko” - Michael Moore e Meghan O’Hara
“Taxi to the Dark Side” - Alex Gibney e Eva Orner
“War/Dance” - Andrea Nix Fine e Sean Fine

DOCUMENTÁRIO - CURTA
“Freeheld” - Cynthia Wade e Vanessa Roth
“La Corona” - Amanda Micheli e Isabel Vega
“Salim Baba” - Tim Sternberg e Francisco Bello
“Sari’s Mother” - James Longley

EDIÇÃO
“The Bourne Ultimatum” - Christopher Rouse
“The Diving Bell and the Butterfly” - Juliette Welfling
“Into the Wild” - Jay Cassidy
“No Country for Old Men” - Roderick Jaynes
“There Will Be Blood” - Dylan Tichenor

FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
“Beaufort” - Israel
“The Counterfeiters” - Aústria
“Katyń” - Polônia
“Mongol” - Kazaquistão
“12” - Rússia

MAQUIAGEM
“La Vie en Rose” - Didier Lavergne e Jan Archibald
“Norbit” - Rick Baker e Kazuhiro Tsuji
“Pirates of the Caribbean: At World’s End” - Ve Neill e Martin Samuel

TRILHA SONORA ORGINAL
“Atonement” - Dario Marianelli
“The Kite Runner” - Alberto Iglesias
“Michael Clayton” - James Newton Howard
“Ratatouille” - Michael Giacchino
“3:10 to Yuma” - Marco Beltrami

CANÇÃO ORIGINAL
“Falling Slowly” - “Once”
“Happy Working Song” - “Enchanted”
“Raise It Up” - “August Rush”
“So Close” - “Enchanted”
“That’s How You Know” - “Enchanted”

FILME
“Atonement” (Focus Features)
A Working Title Production
Tim Bevan, Eric Fellner and Paul Webster, Producers
“Juno” (Fox Searchlight)
A Dancing Elk Pictures, LLC Production
Lianne Halfon, Mason Novick and Russell Smith, Producers
“Michael Clayton” (Warner Bros.)
A Clayton Productions, LLC Production
Sydney Pollack, Jennifer Fox and Kerry Orent, Producers
“No Country for Old Men” (Miramax and Paramount Vantage)
A Scott Rudin/Mike Zoss Production
Scott Rudin, Ethan Coen and Joel Coen, Producers
“There Will Be Blood” (Paramount Vantage and Miramax)
A JoAnne Sellar/Ghoulardi Film Company Production
JoAnne Sellar, Paul Thomas Anderson and Daniel Lupi, Producers

CURTA DE ANIMAÇÃO
“I Met the Walrus” - Josh Raskin
“Madame Tutli-Putli” - Chris Lavis e Maciek Szczerbowski
“Même Les Pigeons Vont au Paradis” - Samuel Tourneux e Simon Vanesse
“My Love (Moya Lyubov)” - Alexander Petrov
“Peter & the Wolf” - Suzie Templeton e Hugh Welchman

CURTA
“At Night” - Christian E. Christiansen e Louise Vesth
“Il Supplente” - Andrea Jublin
“Le Mozart des Pickpockets” - Philippe Pollet-Villard
“Tanghi Argentini” - Guido Thys e Anja Daelemans
“The Tonto Woman” - Daniel Barber e Matthew Brown

ROTEIRO ADAPTADO
“Atonement” - Christopher Hampton
“Away from Her” - Sarah Polley
“The Diving Bell and the Butterfly” - Ronald Harwood
“No Country for Old Men” - Joel Coen & Ethan Coen
“There Will Be Blood” - Paul Thomas Anderson

ROTEIRO ORGINAL
“Juno” - Diablo Cody
“Lars and the Real Girl” - Nancy Oliver
“Michael Clayton” - Tony Gilroy
“Ratatouille” - Brad Bird
“The Savages” - Tamara Jenkins

fonte: Oscars.com

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Momento Mulherzinha do Bloghiers

Então, finalmente vi "O Último Rei da Escócia".
Sim, o filme é ótimo.
Sim, o Forrest Whitaker mereceu o Oscar.
Mas o que quero falar aqui é sobre a melhor coisa do filme: James McAvoy.
Peço licença ao meu colega de blog, mas ele merece um post só pra ele, porque depois de Ewan McGregor e Sean Connery, McAvoy entrou para o meu TOP 5 de escoceses interessantes.
Além de ótimo ator ele é uma graça hein?!
E decidi que depois desse filme e "As Crônicas de Nárnia" preciso ver toda a filmografia do rapaz disponível. Principalmente "Atonement", de onde roubei a foto que ilustra esse post. Bem interessante, não?!

Ok, aqui acaba o momento mulherzinha do Blog e voltamos com nossa programação normal ;)

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Truffaut e o amor


Ao contrário do meu colega de blog, eu realmente amo François Truffaut. É verdade que não consegui ainda ver todos os seus filmes, mas a boa parte que vi já deu para me apaixonar. E a cada filme esse sentimento cresce, como nesse fim de semana quando finalmente consegui ver Duas Inglesas e o Amor. É desses filmes que nos inebria e quando acaba se está completamente invadido por um sentimento inexplicável.

Primeiro que um filme do Truffaut com Jean-Pierre Léaud já tem metade de chances de eu gostar, segundo que é inacreditável com que sensibilidade e beleza ele consegue contar uma história de amor tão controversa, entre um rapaz (Léaud) e duas irmãs, Anne (Kika Markham) e Muriel (Stacey Tendeter). Sim, lembra a trama de Jules e Jim, tanto que Claude, personagem de Léaud, em determinado momento comenta que irá escrever um livro sobre dois homens que se apaixonam pela mesma mulher, além de que os dois filmes são baseados em livros do autor francês Henri-Pierre Roché.

Mas ao contrário de Jules e Jim, o relacionamento entre Claude e as duas irmãs é bem menos passional e muito mais terno, o que resulta em um filme menos carnal. Se no seu filme, Jeanne Moreau destrói a amizade dos amigos Jules e Jim, em Duas Inglesas e o Amor Claude apenas aproxima mais ainda as duas irmãs, já que elas precisavam de um ponto de ruptura para continuar suas vidas adiante e individualmente.

Por fim são dois grandes filmes, que provam a impressionante destreza com que Truffaut consegue abordar o amor. Sem sentimentalismos, sem clichês, na verdade muito pelo contrário. A humanidade extrema de seus personagens é tocante e ao mesmo tempo um pouco incomoda por ser real demais.

O amor para Truffaut é visceral, humano, sem joguetes. Sua inspiração maior para realizar seus filmes. Suave no princípio, extremamente envolvente em seu desenrolar e totalmente arrebatador no fim.

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Duas Inglesas e o Amor
(Les deux anglaises et le continent - França, 1971)
Direção: François Truffaut
Elenco: Jean-Pierre Léaud, Kika Markham e Stacey Tendeter
cor - 130 min

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quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Um esclarecimento

Gostaria de dizer que nem todos da redação aqui do Bloghiers concordam com meu prezado colega sobre a ótima série Grey's Anatomy. Inclusive nossa estagiária falou que se não fosse publicada uma explicação ela se demitiria, e como atualmente poucos topam trabalhar pelo ínfimo salário que oferecemos, não podia perder uma estagiária assim tão fácil.

Dito isso, gostaria de também esclarecer que apesar dessa discórdia sobre a série, no mais parabenizo meu colega por seu texto e que estamos todos da redação absolutamente de acordo com suas idéias.

Voltamos agora a nossa programação normal... ;)

O mais visto antes mesmo de estrear

Longe de fomentar a pirataria, nós aqui do Bloghiers du Cinéma vamos falar de Tropa de Elite. Juro que ninguém daqui da redação viu o filme. Ok, estava passando pela sala quando vi que minha irmã assistia a um filme. Parei, olhei, sentei, o cheiro da pipoca estava ótimo. Quando eu vi, era a cópia pirata de Tropa de Elite. Mas eu não vi, entenderam? Fumei mas não traguei.

Pois bem, não vamos falar sobre o filme em si. Vale dizer que ele é bem bacana e tem pelo menos 47 frases que grudam. Ou você acha que, depois de asssitir o filme, qualquer problema que lhe aparecer e não for seu não será seguido da frase "essa pica não é mais minha. Essa pica agora é do aspira"? Óbvio que vai.

O que vai ser dito aqui é sobre um paradoxo. O filme que fala sobre o combate à contravenção tem sua bilheteria impulsionada pela contravenção. Ok, baixar um filminho não pega nada, você está em casa, está transportando kbytes e que tais. Beleza, fumar unzinho não pega nada, né?

Particularmente, acho que algumas indústrias tem mais de "irem para o saco", como diria o Capitão Nascimento. A indústria de videogames, por exemplo. Se eu posso pagar dez reais, ou melhor, se eu posso baixar um jogo, por que diabos vou jogar 120 reais na mão da Sony? Para financiar séries bestas como Greys Anatomy? Eu sei, se sigo essa premissa para um, valem para mil. Mas na área dos filmes, você paga 120 reais em uma edição especial de Rocky Balboa, por exemplo. E, convenhamos, os filmes tem porrada, drama, comédia e um clipe no meio, é melhor do que qualquer outra promoção que já tenha sido feita pelo homem.

O que fazer então, para combater a pirataria? O diretor de Tropa de Elite, pelo que eu li até agora, teve uma "idéia" diferente: a cópia que vazou está incompleta. Ou seja, o público vai ao cinema para ver o final final do filme. Problema é que o final da versão incompleta é sublime. Ou seja, ou o diretor atinge o Olimpo ou ele vai ficar marcado como "o diretor que é pior que um camelô".

Sem contar que cinema é caro, e o povão não pode ir ao cinema, yadda, yadda, yadda. Jack Sparrear pode em alguns casos ser a única solução (e inventar verbos idiotas como esse não é solução alguma).

segunda-feira, 25 de junho de 2007

The Dawn of The Blog

Pois é, eu gosto da Nouvelle Vague, bastante inclusive. Mas um blog que morreu, teve até funeral e conseguiu reviver antes da missa de sétimo dia, tá mais para trama de filme B, dirigido por George Romero, com roteiro do Peter Jackson e consultoria psiquíca do Ed Wood, do que para um blog sério, sobre filmes existencialistas ou hiper realistas. Claro que esse filmes serão abordados aqui, mas podem ter certeza que com muito mais bom humor do que o normal.

A homenagem/brincadeira com a Cahiers du Cinéma também pode ser interpretada como uma inspiração para o nosso "novo" blog. Seria uma maneira de tentar algo novo, mas sem pressão, porque estamos aqui para nos divertir, mais do que para impressionar.

É isso aí, o blog voltou das cinzas, renovado, mas com a mesma proposta. E nem adianta atirar na cabeça, tacar fogo, cortar a cabeça fora, nada disso, que ele continuará existindo. Ainda mais agora com reforços. Porque além de ser um blog zumbi, ele também se alimentou depois de meia-noite e agora somos dois dando palpite sobre cinema por aqui!

Espero que vocês se divirtam tanto quanto nós!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Um pouco dos créditos

Pois bem, o nome aqui diz tudo, estamos de sacanagem com a revista francesa Cahiers du Cinema, considerada uma Bíblia da sétima arte. Mas que fique claro, ao contrário dos franceses, eu acho a nouvelle vague um saco. Não sei se a Rapha, colega de trabalho aqui na redação da Bloghiers, pensa igual. Mas a nossa faxineira, Dona Zulmira, não pode nem ouvir falar do Goddard e do cinema em francês em geral, mesmo sendo fã incondicional do porra louca do Lars Von Trier.
Continuando nos gêneros cinematográficos, oscilo entre o cinemão norte-americano e as viagens de Almodóvar. Adoro ver no Ata-me aquela cena bizarra do Banderas vestindo uma peruca e dando uma de rock-star. Acho lúdico, ou uma outra palavra usada por quem não sabe direito o que quer dizer. Em contrapartida, abraçaria o Michael Bay e pediria um autógrafo só pelo trailer de Transformers. No fim das contas, eu não tenho parâmetros mesmo, acho qualquer coisa filmada boa. Menos, é claro, Não por acaso, que estreou há pouco nos cinemas nacionais. É uma droga sem fim, cópia mal feita do 21 Gramas do Alejandro Iñarratu, filme sem propósito e com uma boa idéia esquecida ao léu. Vale saber que Letícia Sabatella tem uma linda pinta no seio direito. Se não é bom, que pelo menos tenha seu momento Emanuelle, esse sim um exemplar de garbo do cinema francês.
Mas aí você pergunta "e quem quer saber o que diabos você pensa sobre cinema?". Eu respondo que desde já estou te preparando. Pode qualquer dia desses aparecer por aqui uma resenha do O último grande herói, filme do John McTiernan com o Arnold Schwartznegger e o F. Murray Abraham, dizendo que a película é uma das melhores sátiras aos filmes de ação já vistas e uma das melhores referências ao Sétimo Selo do Ingmar Bergman que eu já vi (depois do jogo de xadrez entre Yakko Warner e A Morte no Animaniacs, esse sim um episódio imortal). Feito isto, não quero ter de escrever de novo explicando o por quê da loucura toda de tal afirmação, visto que isso deveria estar implícito no texto a ser escrito. Sim, eu me compliquei todo, e vocês leitores devem agradecer o fato da Rapha também fazer parte dessa redação, senão seríamos pior que um grindhouse com filmes da Meg Ryan.
Bem vindos. Ou como dizem os integrantes da Cahiers, duas baguetes e um champagne para viagem!